Nunca fui bom em apresentações. Quando criança sempre me escondi atrás do meu pai quando era apresentado. Com o tempo parei de me esconder visualmente e passei a me esconder no silêncio das palavras não pronunciadas, nas minhas respostas monossilábicas. Nós somos o que pensamos e sentimos, mas seremos o que pensam e sentem de nós. De certa forma, todo mundo se esconde atrás de algo; de certa forma, todo mundo vive monossilabicamente.
A forma que me forma é a mesma que nos vem formando ao longo do tempo. Este não é meu amigo e nem meu inimigo. Só existe por mim, é uma abstração de meu pensamento. Minha abstração é a morte, minha única realidade, e enquanto esta não chega tentarei ser, simplesmente, sem complementos.
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