O Brasil não está de luto. Para o eleitorado, a morte do senador Jefferson Peres (AM) não representa nada, pois, atualmente, pessoas éticas, honestas, íntegras são vistas como figuras quixotescas. Entretanto, o não reconhecimento ou o fato de a maioria da população não compartilhar dos valores deste cidadão não diminui em nada a importância de homens de sua estirpe moral.
O senador era e será sempre exemplo a ser seguido. Sempre seguiu a sua consciência, , inclusive, contrariando os interesses do ex-partido quando ainda fazia parte de seu quadro (o motivo de sua saída do PSDB foi a campanha contra a reeleição de FHC. Além disso, falou, naquela época, abertamente sobre a compra de votos que estava ocorrendo para que o então Presidente pudesse se candidatar novamente). Não fazia concessões. Para ele não se devia contemporizar quando o assunto está relacionado às questões éticas. Vale lembrar que foi o parlamentar Peres o primeiro a pedir a cassação do então senador Renan Calheiros. Pedido este, infelizmente, decidido às portas fechadas e não atendido por seus companheiros de plenário.
Já era sabido pelos mais bem informados que Jefferson não se candidataria mais ao senado, pois estava desiludido com a política. Ele não enxergava mais um futuro ético para o Senado, pois via na Casa uma imagem dos valores morais do próprio povo brasileiro. E como um homem que sempre advogou em favor da população, reconhecer que esta mesma tinha se perdido representou um duro golpe em sua alma de homem público.
Jefferson Peres era um homem de poucos sorrisos, de semblante triste. Tinha consciência, como patriota que era (um dos maiores defensores da Amazônia que este país já conheceu), do mal que a falta de princípios éticos e morais fará para o país e para o povo que tanto amava.
O Brasil não está de luto, apenas as pessoas que compartilhavam dos seus valores. Diferentemente de ACM, vale como consolação, a certeza de que, a esta altura, o senador está descansando em paz, pois cumpriu o seu dever como ser humano.
O senador era e será sempre exemplo a ser seguido. Sempre seguiu a sua consciência, , inclusive, contrariando os interesses do ex-partido quando ainda fazia parte de seu quadro (o motivo de sua saída do PSDB foi a campanha contra a reeleição de FHC. Além disso, falou, naquela época, abertamente sobre a compra de votos que estava ocorrendo para que o então Presidente pudesse se candidatar novamente). Não fazia concessões. Para ele não se devia contemporizar quando o assunto está relacionado às questões éticas. Vale lembrar que foi o parlamentar Peres o primeiro a pedir a cassação do então senador Renan Calheiros. Pedido este, infelizmente, decidido às portas fechadas e não atendido por seus companheiros de plenário.
Já era sabido pelos mais bem informados que Jefferson não se candidataria mais ao senado, pois estava desiludido com a política. Ele não enxergava mais um futuro ético para o Senado, pois via na Casa uma imagem dos valores morais do próprio povo brasileiro. E como um homem que sempre advogou em favor da população, reconhecer que esta mesma tinha se perdido representou um duro golpe em sua alma de homem público.
Jefferson Peres era um homem de poucos sorrisos, de semblante triste. Tinha consciência, como patriota que era (um dos maiores defensores da Amazônia que este país já conheceu), do mal que a falta de princípios éticos e morais fará para o país e para o povo que tanto amava.
O Brasil não está de luto, apenas as pessoas que compartilhavam dos seus valores. Diferentemente de ACM, vale como consolação, a certeza de que, a esta altura, o senador está descansando em paz, pois cumpriu o seu dever como ser humano.
Passagens do último artigo escrito por Jefferson Peres (1932-2008)
2 comentários:
O que mais me entristece é ver que o senador morreu desacreditado na política e no povo, pois como podemos cobrar atitudes éticas no governo se não as exercemos no nosso cotidiano.
E é assim....menos um para fazer a diferença lá dentro.....
Filipe, eu estou de luto ! Mas concordo com vc, a morte de Jefferson só entristece brasileiros éticos, os próprios companheiros de plenário não estão lamentando, provavelmente estão festejando, pois sua postura não interessava à eles. Mas EU estou de luto por vários motivos, primeiro porque não tenho mais por quem "colocar minha mão no fogo", segundo porque desfrutava de sua companhia, sou sua prima e especialmente quando ele era candidato a algum cargo (desde vereador) eu estava lá e fazia parte de seu "exército silencioso", sem nunca esperar nada em troca, apenas que ele fosse eleito. Se todos eleitores votassem como eu, sem interesse próprio, não teríamos tantos canalhas eleitos. Estive em sua casa logo após sua morte, que dor ... participei de seu velório e enterro e ví muitos canalhas tirando proveito de sua morte falando em honestidade e ética. Obrigada por sua palavras.
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