sábado, 20 de julho de 2013

A enterrada viva

Informações turvas vigiam a enterrada viva.
Sua gene, sua greve, sua saliva mudecida
detectada no ar rarefeito
informa em terra grossa a nuvem
o DNA dos delitos cometidos.

Em precipício sua simbologia
anda cânion a rédeo passo.
Mesmo dispersa no espaço
sua isomorfia metadada
aponta sua trilha, seu rastro.

Mas imersa desde o túmulo
resistente, fenestra, úmida
de voz líquida sob a areia
como voz asmática em altura rarefeita
como tartaruga resistente a garça

mesmo sob o ar vigiado por predadores
ultrapassa o terreno inóspito
suas redes de pescadores
e torna-se palavra marinha
que resiste às ondas e esperança o conflito.



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