sexta-feira, 12 de abril de 2013

Oblação

O homem sai de casa
e oferece o sangue de si mesmo.

Sua luz: solar
em gradação
qualidades passionais
de sacrifício sem graça

Sua luz: fundir o aço
em olhos queimados pela brasa
ardente sofrimento
de seu próprio flagelo.

O homem espalha o seu sangue pelos quatro cantos:
todas as matérias líquidas,
todos os animais de fazenda
todos os seres.

Habitam-no as suas feridas.
Elas passam por guerra
e não cicatrizam.

O traje, outrora branco,
fez-se vermelho escarlate
mancha, seca
de sol de seca.

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